T.D.A.H
Quem já não ouviu falar de criança “levada”, hiperativa, ou menino “no mundo da lua”, entre outras expressões comuns deste tipo? Além disso, não é raro nos depararmos com pessoas inteligentes, criativas, espertas, mas que não obtêm sucesso nem crescimento profissional. Também existem pessoas que trabalham duro, mas agem impulsivamente e de forma desorganizada, quase sempre se prejudicando, pois rendem bem menos do que podem.
Nas últimas décadas a Neurociência aprendeu a identificar e manejar estes tipos de transtornos. São os chamados transtornos executivos, que afetam negativamente o desempenho, a performance do indivíduo.
Dentre estes transtornos, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos mais comuns e importantes. Acredita-se que o TDAH afete cerca de 6% das crianças e até 3% dos adultos no mundo todo.
O TDAH não é uma doença. Não há lesões no cérebro. Os exames de imagem são normais. O nível de inteligência é normal ou, muitas vezes, acima da média. Mas, apesar da elevada inteligência e da notável criatividade, o desempenho escolar e/ou profissional fica sempre aquém do esperado. O indivíduo não consegue se manter atento e focado nas aulas ou nas tarefas, não persevera e não se organiza. Age de forma desatenta e impulsiva. Em contra-partida, costuma obter alto nível de eficácia em atividades que são prazerosas. Muitas vezes tais sintomas e características vem acompanhados de agitação e inquietação, até mesmo hiperatividade.
O TDAH é um problema de origem genética, com cerca de 80% de herdabilidade. Ele ocorre devido à baixa estimulação do córtex das regiões frontais do cérebro pelo hormônio Dopamina. Com pouca Dopamina liberada no córtex, não há atenção adequada e nem controle de impulsos.
A boa notícia é que é um transtorno tratável. O tratamento à base de medicamentos é muito seguro e traz amplas possibilidades de melhora, sendo bastante eficaz.
E então, você conhece alguém com essas características? Caso conheça, sugira a avaliação de um Neurologista especializado.