Cefaléia
Dor de cabeça, cujo termo médico é Cefaleia, é um problema que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), cerca de 13 milhões de brasileiros apresentam dor de cabeça pelo menos 15 dias por mês, o que é chamado de Cefaleia Crônica Diária. Um dos principais tipos de cefaleia, a enxaqueca, acomete 20% das mulheres.
13 milhões de brasileiros apresentam dor de cabeça
pelo menos 15 dias por mês
Como se vê, os números são bastante expressivos. Este problema provoca intenso sofrimento, piora na qualidade de vida, perda de dias de trabalho e, por conta da vida agitada de hoje e do aumento nos níveis de estresse, percebe-se números crescentes nos casos de diversos tipos de cefaleia.
A maior parte dos casos corresponde ao que chamamos de Cefaleia Primária, ou seja, quando as dores não são originárias de uma doença nem de uma lesão na cabeça ou no cérebro. Como exemplo temos as enxaquecas e as cefaleias tipo tensão, entre outros tipos. Nestes casos, as dores tendem a ocorrer em episódios, o que significa que não há continuidade nem aumento crescente por longos períodos e costumam durar por horas ou até poucos dias.
Todavia, existem as Cefaleias Secundárias, que ocorrem como um sintoma de uma lesão ou doença dentro do crânio. Estas dores comumente se apresentam de forma contínua e crescente e são fonte de intensa preocupação por parte de pacientes e médicos.
Existem diversas estratégias para o tratamento dos momentos de dor aguda e, para pessoas com mais de um episódio de dor por semana em média, há a indicação para o tratamento preventivo. É importante ressaltar que o uso muito frequente ou até abusivo de analgésicos comuns tende a piorar as cefaleias. Os dois principais fatores que transformam uma enxaqueca comum esporádica em crônica diária são o estresse e o abuso de analgésicos. Buscar uma vida mental saudável e evitar a automedicação são práticas fundamentais para evitar essa piora.
Uso muito frequente ou até abusivo de analgésicos comuns tende a piorar as cefaleias
Para um correto diagnóstico e tratamento, é necessária a avaliação em consulta com médico neurologista qualificado. Somente este profissional pode oferecer o tratamento e as orientações adequadas para cada caso.
Dr. Emerson Milhorin